“Vocês se lembram da primeira vez em que fui na escola? Eu estava procurando artistas para poder completar a minha obra de arte. Ela tem um tamanho muito grande, não acaba nunca e eu precisava de ajuda. Sabia que vocês dariam muita conta deste trabalho”. Com essas palavras, o mentor Sandro Henrique Silveira agradeceu aos seus ajudantes, ou melhor dizendo, os verdadeiros protagonistas da mostra “Quase Tudo Quase Nada” pela dedicação cujos frutos seguem em cartaz até esta terça-feira na Galeria La Salle.
Os artistas foram prestigiados por familiares e pelo vice-reitor do Unilasalle-RJ, Ronaldo Curi Gismondi, no último dia 6 de setembro, em tarde diferente para os alunos de 2º período da Escola La Salle RJ. Ao invés da arte com o qual estão acostumados, com muitos desenhos e pinturas em sala, era a vez de ver suas produções expostas em um caminho cultural. Apesar de ser uma experiência inédita, Isabel Nogueira aguardava de alguma forma a fama do filho Matheus, agora expositor. “Talvez eu imaginasse um pouquinho, por ele ser uma criança muito inteligente, interessada, criativa. Aprendeu a ler em casa, em meia hora conheceu o alfabeto com as letras coloridas que eu mostrava. Por essa capacidade, acreditava que ele iria longe, mas não tão rápido, com 4 anos já sendo prestigiando junto dos amigos”, contou a mãe na ocasião, “Uma mostra dessa ajuda eles a quererem mais, quem sabe migrarem para a arte? A cultura brasileira precisa ser mais valorizada, de repente novos talentos surjam a partir do incentivo da escola”.
O técnico Bruno Rocha, de 34 anos, por sua vez, atribui boa parte do crescimento da filha Gabriela à sua presença na La Salle RJ: “Ela é muito espontânea, mas pôde se desenvolver aqui. A escola emociona muito os pais, com tudo o que fazem pelos nossos filhos”. O orgulho de Rocha transparecia também no olhar da coordenadora da Galeria La Salle, Angelina Accetta, para quem “os artistas surgem ainda na infância, época em que eles transportam a criatividade para a folha, para a tela, incitando a curiosidade”.