08/05/2018

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Trabalho, labuta, lida

Trabalho, labuta, lida

Era a primeira sexta-feira do mês de maio, e Matheus saia, aos prantos, da escola. Veio da avó, de quem ele segurava a mão com força, como para mantê-la junto dele, a resposta: “Ele está assim porque preciso ir trabalhar”, dizia Ilza Nogueira, o olhar aflito por não conseguir dar ao neto um tempo maior ao seu lado. O dilema é o mesmo para outros vovôs, vovós, papais e mamães da Escola La Salle Rio de Janeiro. A jornada que, muitas vezes, se estende aos sábados e domingos, exige difíceis sacrifícios. No fim, “é por ele”, concluiu Ilza. Pela família, pela própria subsistência, pelo amor ao que se faz, por contribuir com a sociedade. Muitos motivos levam os brasileiros a saírem de casa e passarem a maior parte do dia na rua. Seja o trabalho herói, ao permitir o prato na mesa, ou vilão, expresso na lágrima da criança, dele não se pode fugir. Para fazer os pequenos entenderem o dia dedicado a esta lembrança, não faltaram atividades à turma da Creche III A.

“Perguntamos a eles o que queriam ser quando crescessem, quais eram as profissões que conheciam, o que os pais faziam, ressaltando a importância e o valor de cada uma delas”, explicou ao site a pedagoga Gislaine Rodrigues, “Ao final, também caracterizamos alguns alunos de pintor, médico, cozinheira, professora e policial”.

Por Luiza Gould

Ascom Unilasalle-RJ

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