Rede La Salle - o conhecimento emociona

21/12/2018

Bibliotecas

facebook twitter google plus

Voo com lágrimas de saudade: formatura do Pré II

Veio de Letícia a primeira entrega à emoção. Junto de Leandro, sua missão era homenagear o diretor executivo, Irmão Fabricio Heinzmann. Na última frase, o rompante: a voz embargada tentava dizer as palavras, entre os soluços que precisavam ser postos para fora e as lágrimas que teimavam em cair. Em outros momentos da cerimônia, elas também escorreram pelos rostos de Julia, de Leonardo, de Sarah, de Davy, de Joana. Cada um em seu momento e da sua forma, todos experimentavam a mesma sensação. A maioria dos alunos chegou quando a Escola La Salle Rio de Janeiro ainda era CEPLAS. Àquela altura, tinham apenas três anos e alguns já enfrentavam desafios, como a pobreza extrema. A trajetória que antecede a alfabetização chegou ao fim para os 25 alunos do Pré II na última quinta-feira, dia 20, em cerimônia de formatura onde o coração venceu qualquer disputa e o roteiro nas mãos da coordenadora Maviane de Lima ganhou segundo plano.

O script contemplava a fala dos diretores, Irmão Jardelino Menegat e Irmão Fabricio Heinzmann; homenagens das crianças a funcionários, professoras, colegas de turma, direção e familiares; a explicação pelos próprios formandos da Salada de Letras, a história da boneca Camila que os ajudou a conhecer o alfabeto; e, ainda, a apresentação das músicas preferidas da turma. Julia de Albuquerque, de 5 anos, foi uma das alunas escolhidas para falar do auxílio que a Camila trouxe à sua vida. Assim como Letícia, chorou no palco. Mas, antes mesmo da formatura, Juju já demonstrava o quanto ia sentir falta da escola. “Vou sentir saudade do Nicolas por causa que ele é o meu melhor amigo. Eu brinco de Pókemon com ele. Sou o Pikachu e ele é o Ash e eu fico abraçando ele. Vou sentir saudade também da tia Adriana, tia Isabela, tia Ana Paula e tia Bianca. Ah, e do Samuel, que também é meu amigo”, sintetizou durante a visita do Papai Noel. E quando escuta que os funcionários lembram dela pequenininha, a resposta vem na ponta da língua: “Eu não comia nada nada, agora eu como. Hoje eu comi arroz, feijão e ovo”.

Comer bem é um legado que a Escola La Salle deixa na vida de Juju, mas para o Irmão Fabricio há também outros. “Cada um vai para uma escola, porém tem uma sementinha chamada La Salle no coração de cada aluno e nós vamos esperar que essa sementinha também cresça com muito amor e carinho. Que vocês, pais, possam garantir que essa sementinha cresça saudável”, desejou. Já o Irmão Jardelino Menegat, garantiu que o maior tesouro dos responsáveis foi bem cuidado na La Salle RJ “e deixará saudades”. No fim, esta palavra é o que também explica o choro das crianças. Mas, em breve, elas aprenderão que para voar é preciso deixar ir.