17/09/2024

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Olimpíadas La Salle 2024

Olimpíadas La Salle 2024

França. O país europeu abriga as origens do lassalianismo (São João Batista de La Salle nasceu na cidade de Reims), e se tornou em 2024 novamente abrigo do maior evento esportivo global. Se lá em Paris, capital francesa, os meses de agosto e setembro foram tempo de Jogos Olímpicos e Paralímpicos, aqui na Escola La Salle Rio de Janeiro não seria possível ficar de fora desse espírito de união. No dia 19 de agosto, os alunos viveram no Estacionamento do Unilasalle-RJ uma manhã voltada a atividades esportivas e lúdicas que promete fazer parte do calendário anual ao invés de acontecer apenas de quatro em quatro anos. As Olimpíadas La Salle 2024 tiveram cerimônia da tocha, bandeira sendo hasteada, divisão por times e cores, torcida, muitas brincadeiras e entrega de medalhas para todos.

A ideia partiu de Fernanda Passos, professora de Educação Física que assumiu a função em fevereiro deste ano. “As crianças são muito competitivas. Eu queria trabalhar esse lado de uma outra maneira, tendo como gancho o esporte, o significado das Olimpíadas, a integração, para além da rivalidade. A proposta é que a competitividade não fosse pura e simplesmente pelo prazer de ganhar, mas que eles entendessem que existe uma torcida, uma bandeira, símbolos”, conta. Para reproduzir o espírito olímpico, Fernanda confeccionou uma tocha de isopor e fez as crianças a passarem entre si; dividiu as turmas pelas cores dos arcos olímpicos e explicou que cada arco remete a uma região; promoveu uma premiação ao final do dia de atividades no Refeitório, com direito a pódio colado na parede e fotos de atletas medalhistas: “Ao final, todos ganharam medalhas pela participação. E até chegar a esse momento, nas aulas, falamos sobre a importância de se dedicar. Perguntei o que eles precisavam fazer para um dia serem medalhistas e ouvi respostas como ‘obedecer a mãe’, ‘comer tudo’, ‘fazer o dever de casa’, ‘praticar esportes’. Expliquei a diferença entre as medalhas, de ouro, prata e bronze. Depois da premiação, eles só queriam vir com a medalha”.

As aulas que antecederam os Jogos da Escola La Salle foram de preparação, tanto com a apresentação de aspectos das Olimpíadas quanto de exercício físico. Em um dos encontros, Fernanda transformou um corredor externo em pista de atletismo, marcando o chão com fita, apresentando aos pequenos o que é a largada, a linha de chegada, a melhor forma de posicionar o corpo antes de correr. O atletismo fez parte da gincana do dia 19, assim como o cabo de guerra (outra modalidade esportiva histórica, disputada nas Olimpíadas entre as edições de 1900, também realizada em Paris, e de 1920, na Antuérpia). Brincadeiras infantis adaptadas, como a cobrinha com corda e o Passa-passa galinha arrepiada, transformaram os Jogos lassalistas em um evento lúdico, um dos pilares a que Fernanda sempre se volta.

“Eu fiz uma pós-graduação em Psicomotricidade e, através dela, consigo criar estratégias para que esse corpinho consiga se desenvolver, observando o equilíbrio, a lateralidade. Eu já vinha fazendo esses trabalhos junto das brincadeiras populares e da questão sensorial, trabalhando diferentes texturas e pesos. Tudo isso alinhado com a rotina da atividade física, de ter um aquecimento, um alongamento, uma volta calma. Os alunos entendem e se identificam fora daqui, pois é preciso ter um significado na vida deles”, conclui a professora.

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Por Luiza Gould
Fotos de Adriana Torres
Ascom Unilasalle-RJ

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