05/05/2023

Ensino Médio

Especialista fala de uso do ChatGPT com alunos do EM

Especialista fala de uso do ChatGPT com alunos do EM

O surgimento do ChatGPT, uma ferramenta gratuita que democratizou a inteligência artificial(IA) para usuários comuns, acendeu uma polêmica nos meios acadêmicos sobre a autoria de trabalhos e pesquisas.

Dentro do tema Globalização, a professora de Geografia, Débora Ruschel, convidou o mestre e doutorando em Inteligência Artificial pela UFPR, Roger Finger, para abordar o assunto com os estudantes da 1ª e 3ª séries do Ensino Médio.

Head de Inovação da Positivo Tecnologia S/A, Roger é especialista em Inovação pela Stanford University, Califórnia (EUA), e hoje mora no interior do RS. Via meet, ele explicou o funcionamento da IA, apontou alguns impactos dela na nossa vida cotidiana e qual a melhor forma de utilizá-la.

Segundo ele, a discussão do uso de tecnologia em sala de aula não é nova, pois a introdução de outras ferramentas digitais em sala de aula, como a calculadora, o celular e os chromebooks, também geraram reflexões nesse sentido.

Ele citou o fundador da Microsoft, Bil Gates, que afirmou estarmos na era pós-internet, na era da inteligência artificial: vamos usar em tudo, em qualquer coisa, o tempo todo.

Através de um gráfico gerado por um estudo da Goldman Sachs, Roger mostrou que a IA deverá impactar algumas atividades profissionais. Segundo os dados, 25% das tarefas do dia a dia podem ser automatizadas em áreas como escritórios, no Direito e em Arquitetura e Engenharia.

O especialista alertou, porém, que isso não significa a extinção de profissões, mas o aperfeiçoamento de uma habilidade humana. “Vai ser importante vocês aprenderem a como pedir coisas para a máquina, como conversar com ela da melhor forma”.

Outro cuidado apontado por Roger foram os erros cometidos pela IA, já que seu funcionamento é feito por aproximação de palavras e ideias, o que nem sempre resulta em informações verdadeiras.

“A arte de fazer perguntas ficou agora mais valorizada, todos precisamos saber isso e também julgar, criticar a resposta”, avaliou.

Em relação ao uso nas escolas, o pesquisador relatou os caminhos que estão sendo seguidos no mundo, desde o bloqueio dessa tecnologia em alguns países até o aumento das competências dos estudantes para que saibam utilizá-la com responsabilidade e ética.

Provocado pelos estudantes, opinou:“A escola deve ensinar os estudantes a usar essa ferramenta do jeito certo e, inclusive, incentivar os professores a usar também, este é o novo desafio”.

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