Um problema muito abordado incansavelmente por toda a sociedade nos últimos anos é a prática do Bullying. No entanto, existe uma modalidade desta prática agressiva que ainda é pouco discutida, embora se espalhe cada vez mais rápido e cause danos maiores do que o problema original: o cyberbullying. Por isso, o Colégio La Salle Niterói ofereceu, na última terça-feira, 6, uma palestra sobre o tema, direcionada aos alunos da oitava série e do Ensino Médio.
O palestrante Cristiano Goulart, especialista em tecnologia da informação, apresentou aos estudantes as diferenças entre o bullying clássico e o cyberbullying e mostrou os caminhos que a pessoa que sofre com estas práticas deve seguir para denunciar o problema.
Segundo Cristiano, o cyberbul ying pode ser ainda mais cruel, pois ocorre através de ferramentas digitais e proporciona o anonimato ao agressor. Com isso, o responsável pela prática acaba não tendo punição por seus atos em grande parte das vezes. “No bullying, a vítima geralmente conhece o agressor, enquanto no cyberbullying a vítima raramente conhece quem agride”, comparou.
O cyberbullying deixa a vítima ainda mais vulnerável. “A agressão pode acontecer a qualquer hora, via e-mail, mensagem de texto por celular ou ainda pelas redes sociais. O lar, não é mais um refúgio”, explicou Cristiano.
O palestrante defende que, ao identificar o cyberbullying, a vítima deve copiar todas as mensagens agressivas, antes que o agressor (anônimo ou não) as apague dos meios digitais. Só desta forma ele poderá ser denunciado. Cristiano explicou que o diálogo com o agressor pode não ser a melhor opção neste caso. “Muitas vezes o agressor não quer dialogar e isso pode piorar a situação. Denunciar acaba sendo melhor, pois além de ser mais efetivo, contribui para que o mesmo não se repita com outras pessoas”, disse.
Durante a palestra, Cristiano ainda instruiu os estudantes a não acreditarem em todas as informações que vêem na internet. “Não podemos acreditar e muito menos compartilhar informações sem antes checar as fontes. Muitos boatos são largados na internet para prejudicar pessoas ou empresas. Precisamos tomar cuidado”, alertou.
O diretor Elio Liesenfeld explicou que o objetivo da atividade foi contribuir para a formação integral dos estudantes. “O cyberbullying é um problema real, ao qual eles estão expostos diariamente se não souberem como se precaver nas redes sociais. A internet é uma ótima ferramenta e cada vez mais utilizada por nossos alunos. É papel da escola orientá-los a respeito de como utilizá-la de forma responsável”, concluiu.