Ao longo desta semana que passou, celebramos a Semana do Educador. Dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor, dia este que é muito importante para a cultura lassalista. A missão do educador é essencial para que mudanças na sociedade possam acontecer diariamente. Homenageamos todos aqueles que se dedicam à educação, independentemente da função que desempenham.
Abaixo, confira uma mensagem do Presidente da Rede La Salle e Provincial da Província La Salle Brasil-Chile, Ir. Edgar Genuino Nicodem.
“Dia 15 de outubro, comemoramos no Brasil o Dia do Professor. É uma ocasião privilegiada para celebrar, homenagear e reconhecer o valor e a importância da missão do professor. Mas, também é uma oportunidade para refletir sobre o sentido de ser educador e como a sociedade valoriza o trabalho do educador.
Diariamente somos assolados por uma interminável enxurrada de notícias negativas sobre o nosso país. É corrupção, violência, crise ética, aumento da pobreza, crescimento da desigualdade social, destruição dos biomas e tantas outras situações. Poderíamos fazer uma lista quase interminável. Inegavelmente existem boas análises de conjuntura. Contudo, não bastam. Mesmo em condições tão difíceis como a nossa é importante olhar o futuro com esperança. Por isso, necessitamos lucidez para analisar o presente, visão de futuro e coragem para tomar as decisões que o contexto atual requer.
Como educadores temos a missão de alimentar a esperança dos nossos educandos. Paulo Freire afirma: “é preciso ter esperança. Mas tem de ser esperança do verbo esperançar”. Por que isso? Porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. Esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. “Ah, eu espero que melhore, que funcione, que resolva”. Não podemos ficar de braços cruzados, entregar os pontos. Precisamos ir atrás, participar, construir alternativas e reagir àquilo que parece não ter solução. Iluminados pelo pensamento de Paulo Freire precisamos construir esperança com os nossos alunos. Esta não é a primeira crise do nosso país, nem será a última. Por isso, é fundamental arregaçar as mangas, colocar a mão na massa, acreditar que outro mundo é possível e efetivamente comprometer-se.
Santo Agostinho afirma que “a esperança tem duas filhas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; e a coragem, a mudá-las”. De forma semelhante a Paulo Freire, Santo Agostinho nos convida a agir. Há situações de nosso país que não podemos aceitar. Contudo, preciso ir além da indignação. Precisamos, com a participação de todos fomentar a coragem de mudar.
Segundo a tradição lassalista, o aluno tem participação ativa no processo educativo. É com eles que somos chamados a construir a esperança. Construir esperança é acreditar no potencial de cada aluno, despertá-lo e contribuir efetivamente para desenvolvê-lo. Conjugar o verbo esperançar precisa fazer parte do no dia a dia de professores”.