Foto: Divulgação, by a críticateatral.com
O amor pela arte e, sobretudo, pelo teatro marcou toda a vida de Abigail Izquierdo Ferreira, que estreou no palco com apenas 24 dias de vida, na peça "Manhãs de Sol", de Oduvaldo Vianna. Bibi Ferreira nos deixou nesta quarta-feira (13), aos 96 anos, mas se eterniza como um dos nomes mais notáveis da arte brasileira, o qual também carrega os títulos de cantora, compositora, diretora e apresentadora de TV.
Nos anos 80, um dos principais espetáculos que contaram com a participação de Bibi foi a peça "Piaf, a vida de uma estrela da canção", onde ela interpreta Edith Piaf, uma das maiores cantoras da França. Com isso, recebeu prêmios como Mambembe e Molière e da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
O espetáculo chegou ao Teatro Abel em 1986. Após visitar o local, Bibi relatou a sua experiência ao Jornal do Commercio, na edição de 29 de agosto do mesmo ano: “O Teatro Abel é essencialmente profissional, tendo todas as condições para realizar qualquer espetáculo. Ele é bonito e confortável, além da acústica, da iluminação e do palco que são perfeitos. Qualquer ator gostaria de se apresentar nesse teatro”.
Para o crítico de teatro e colaborador do La Salle Abel, Rodrigo Monteiro, a atriz é a maior estrela do teatro brasileiro: “Bibi Ferreira era um verdadeiro fenômeno da natureza. Eu tive a sorte de acompanhar sua carreira durante os últimos vinte anos, quando ela trouxe ao palco a vida da cantora portuguesa Amália Rodrigues. No seu último espetáculo, em 2017, a atriz que, na época, tinha 95 anos, estava com uma voz impecável e com uma mente absolutamente lúcida. Ontem o teatro brasileiro ficou em silêncio, porque partiu sua maior estrela. Que ela descanse em paz!”.