Prestes a concluir a caminhada escolar, Wellington Motta pôde se sentir no Ensino Superior no dia 15 de agosto, enquanto seus passos trilhavam percursos por entre corredores, laboratórios, biblioteca, galeria. Universitário por um dia, ele antecipou o que será uma realidade em breve, além de aprimorar seu inglês. Naquela quinta-feira, os alunos do Ensino Médio participaram da “Guided Tour Around Unilasalle-RJ”, uma visita à universidade lassalista vizinha do Colégio La Salle Abel. A atividade, realizada na língua inglesa, integra diversas iniciativas do segmento para auxiliar na preparação do futuro universitário e profissional, como os Aulões Interdisciplinares, a Jornada de Informação Profissional (JIP) e o Projeto UERJ.
A ideia foi concretizada pela professora de inglês Lilian Calixto, com a ajuda do secretário executivo e coordenador de projetos e eventos do La Salle Abel Bruno Amaral, após o Colégio receber o prof. Anthony Voisine, representante da Unilasalle França. Na palestra, que aconteceu em junho deste ano, Voisine também conversou em inglês com os estudantes sobre o processo de ingresso nas universidades europeias da Rede La Salle.
Com isso, os alunos conheceram a estrutura e os cursos oferecidos pela universidade. Os guias Thamyres Coelho, secretária executiva e egressa do curso de Relações Internacionais do Unilasalle-RJ, e Bruno Amaral, prestes a concluir a mesma graduação, apresentaram em inglês diferentes ambientes da instituição: o Espaço Conecta, fruto da parceria lassalista com o Google For Education; a Biblioteca La Salle, que possui mais de 42 mil volumes e ocupa dois andares; o Centro Tecnológico, núcleo dos projetos dos cursos de Arquitetura e Engenharias; e os Núcleos de Prática Contábil e de Prática Jurídica, onde os alunos podem prestar assistência a empresas, além de elaborar peças, frequentar cartórios e participar de casos jurídicos.
O olhar de Wellington Motta, aluno do 3º ano C, se demorava em cada descoberta. Para ele, a visita foi essencial a fim de compreender na prática o que é ser aluno em uma universidade. “Eu gostei muito da visita. A explicação do Bruno sobre o local foi completa e me deu uma base para compreender como é estar dentro de uma faculdade, o seu dia-a-dia, e os projetos que são realizados nela”, relatou, “O que mais impactou me foi a biblioteca, por causa da extensão do acervo”.
Durante o tour, Thamyres Coelho e Bruno Amaral conversaram com os alunos sobre as graduações que pretendem cursar, além de abrirem espaço para dúvidas em relação ao futuro acadêmico e à importância da língua inglesa no mercado de trabalho. Já tendo sido um dos palestrantes na Jornada Profissional, Bruno explicou sobre o curso que escolheu aos futuros universitários. Considerando toda a visita, ele também destacou a surpresa dos alunos em relação à infraestrutura da faculdade.
Speak? Only in English (Falar? Só em inglês)
Diferencial do tour, o uso do inglês – não só pelos guias, mas pelos próprios alunos – faz parte do Projeto Bilíngue. A coordenadora, Renata Peixoto, é quem explica a importância da prática: “Quanto mais exposta a pessoa for à língua inglesa, mais vocabulário e fluência ela vai adquirir. Por isso, nossos professores dão aula sempre em inglês. E lá tem vocabulários que são específicos de uma universidade, então, além do aprendizado da língua, isso enriquece culturalmente o conhecimento dos alunos”. Por conta desse motivo, Lilian Calixto recorrentemente pedia aos estudantes para não falar em português. “Speak in English, guys”, repetia.
Wellington Motta não se incomodou com os lembretes, pelo contrário. Para ele, essa se mostrou uma oportunidade de treinar a língua em uma situação do dia a dia e de uma maneira mais eficaz em seu caso. “Eu aprendo mais conversando com as pessoas. Estudar pelo livro e pela gramática me dá uma base do que significa cada coisa. Mas no momento em que você conversa com as pessoas no dia a dia em uma língua diferente, coloca em prática o que aprende gramaticalmente”, avalia.
A atividade possibilitou que os alunos colaborassem e participassem de forma mais ativa do processo de aprendizagem, com a divisão da turma em dois grupos, que conversaram em sala de aula o que vivenciaram. “Na aula seguinte à da a field trip (visita de campo), os alunos apresentaram uma atividade de speaking, seguindo modelo de sala de aula invertida (flipped classroom)”, explicou a profª Lilian Calixto.
Trabalho em grupo e sala de aula invertida são conceitos do processo de metodologia ativa, que tem como objetivo principal transformar o aluno no responsável pela sua própria aprendizagem. As aulas são colaborativas e trazem discussões para os encontros. Assim, o estudante é visto como agente e o professor atua enquanto mediador do aprendizado, acompanhando os passos dados a caminho do Ensino Superior.
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Por Maria Clara Araújo
Fotos: Camila Reis, Clarisse Eichler e Thainá Nogueira
Comunicação e Marketing – Colégio La Salle Abel