05/11/2021

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A extensão do aprendizado

A extensão do aprendizado

Foi no ano de 2019 que o projeto de ensino integral do Colégio La Salle Abel ganhou novos contornos e um novo nome: Turno Complementar. De lá para cá muito aconteceu e, em meio a tantas dificuldades que surgiram por conta da pandemia de Covid-19, a formação integral do aluno se tornou ainda mais urgente. O retorno das aulas presenciais trouxe mais um capítulo à história do projeto, que proporciona a permanência dos alunos no colégio no contraturno para a realização de atividades voltadas ao raciocínio lógico, à aprendizagem de idiomas, à iniciação no teatro, na musicalização, na gastronomia, para além da orientação dos estudos. Também há tempo para a recreação, acompanhada de perto por educadores que trabalham com os estudantes a cooperação, a atenção, a compreensão de regras, a criatividade, o respeito e a empatia.

Eliane Barranco, coordenadora do Turno Complementar, resume esse trabalho pedagógico em algumas palavras-chave: “Entendo que é necessário amor, afeto e cuidado, mas sempre com o olhar atento para a evolução educacional das crianças”, afirma. A intenção da direção e da equipe pedagógica tem sido a de ampliar essas possibilidades de aprendizagem, contando, inclusive, com a mudança do local de realização delas. No início de 2021, as atividades migraram para um novo espaço no Centro Cultural La Salle. Ao todo são dez salas, sendo quatro voltadas para a Educação Infantil, quatro para o Ensino Fundamental e duas multiuso. Há ainda o parquinho e banheiros.

Conheça o espaço e outras instalações do Abel

“São espaços diversos, seguros, amplos e muito bem ventilados, capazes de atender tudo o que a criança precisa. Sempre que perguntam à Flávia qual é o lugar preferido dela, ela cita o prédio do Turno Complementar. Nos encantamos pela estrutura física logo de cara e nos apaixonamos por cada cantinho do colégio”, conta Claudineuza Oliveira, mãe de Flávia Beatriz Deiró, aluna do 1º ano do Ensino Fundamental. Luis Deiró, pai da pequena, percebe no cuidado com o aprimoramento constante dos serviços uma característica do colégio: “Apesar de ser uma escola tradicional, o Abel também é contemporâneo”.

Mas a formação integral vai muito além da estrutura. Envolve, por exemplo, o acolhimento. “Temos um sentimento de pertencimento muito grande pelo Abel, é um ambiente muito acolhedor, nos sentimos parte de uma família desde o primeiro dia”, sintetiza Claudineuza.

 

Conheça a história da família da aluna Flávia Beatriz Deiró e sua relação com o Abel

Talvez não haja palavra melhor para definir a relação que Claudineuza, Luis e Flávia Deiró buscavam encontrar em uma nova cidade do que esta: acolhimento. Por conta do trabalho da mãe, toda a família precisou deixar Salvador e passar a escrever em Niterói uma nova história. Os pais entenderam que a mudança, de uma região do país para outra, seria um desafio para a pequena, na época com menos de 5 anos de idade. A procura por escolas que tivessem ensino integral, com múltiplas atividades, foi uma prerrogativa no ano de 2019, na tentativa de uma melhor adaptação de Flávia.

A família não tinha uma rede de apoio em Niterói, não conhecia o município e nem tinha contato com ninguém que pudesse orientá-los in loco. “Foi desafiador, visitamos algumas escolas aqui da cidade, mas nenhuma delas ainda tinha nos conquistado. No Abel conseguimos encontrar tudo aquilo que queríamos em um único lugar. O colégio respira projetos, envolvendo toda a comunidade”, afirma Claudineuza. 

Alguns desses projetos, no entanto, tiveram que ser transformados em 2020, exatamente o ano em que Flávia ingressou no colégio. Ela e outros alunos tiveram menos de um mês de vivência do ensino presencial. Mesmo com todas as restrições impostas por conta da pandemia de Covid-19, Luis Deiró afirma que o La Salle Abel conseguiu fazer com que a sua filha construísse expectativas em relação ao novo ambiente de aprendizagem, que se concretizaram após o retorno. “Hoje temos a certeza de que fizemos a escolha certa porque o colégio possibilita a realização dos sonhos de Flávia, além de pregar valores que para a nossa família são essenciais”, avalia.

 

Relação educador e aluno no Turno Complementar

O trabalho por trás da realização de sonhos envolve muitos profissionais. Educadores que pretendem ser agentes transformadores na vida dos estudantes, com a responsabilidade de guiar o processo de aprendizagem e auxiliar na formação humana de cada um. No Turno Complementar, a relação entre o educador e o aluno é ainda mais intensa.

Marcele Coelho (à esquerda) assistente de coordenação do Turno Complementar e Eliane Barranco (à direita), coordenadora do segmento.

“O nosso objetivo é dar também um apoio socioemocional, cientes de que esse é um desafio diário, pois cada família tem as suas questões e suas lacunas de saudade”, relata Marcele Coelho, assistente de coordenação do Turno Complementar. A saudade ela menciona principalmente por conta do que o mundo enfrenta há dois anos: “As famílias dos nossos alunos foram afetadas durante esse período de pandemia e tudo isso faz com que a nossa missão seja ainda maior, pois é em nós que muitos desses alunos encontram o conforto, o acolhimento e um carinho especial”, lembra Marcele, ressaltando o comprometimento do colégio com as questões originadas por conta da emergência sanitária. 

Em entrevista ao nosso site, Marcele Coelho fala ainda sobre a rotina das crianças no colégio, frisando que durante o contraturno a parte pedagógica precisa ser trabalhada de forma lúdica e leve, já que os alunos vêm de uma carga grande de aulas. “Eu sempre busco mostrar ao educando que ele é muito mais do que uma disciplina, como Português e a Matemática; é um cidadão em formação na busca por uma construção de valores no meio de um processo de transformação pessoal e coletivo”, finaliza Marcele.

Por Lucas Pão / Revisão: Luiza Gould
Colaborou: Camila Reis
Comunicação e Marketing La Salle Abel

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