Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Enquanto a água benta é derramada na cabeça das crianças, a referência à Santíssima Trindade concretiza o batismo, primeiro sacramento da Igreja Católica. Com o intuito de consagrar o nascimento de um cristão, o batismo faz com que sejamos purificados do pecado original. Após um hiato de três anos e um mês por conta da pandemia, no dia 4 de junho de 2022, a Escola La Salle voltou a organizar o batizado que torna acessível esse sacramento aos moradores de comunidades do entorno. Ao todo 24 crianças foram batizadas, 11 a mais do que no último batismo, realizado em maio de 2019. A cerimônia foi realizada pelo Pe. Antônio Sobrinho, Capelão do Colégio Abel, em dois ambientes do Unilasalle-RJ: a Varanda Cultural e a Capela La Salle.
Naquela manhã uma passagem da Bíblia em especial foi colocada em prática: “Ensinai a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, ela não se desviará dele” (Provérbios 22:6). O trecho citado é vivido pela pequena Sarah Costa, da Creche III B, que mesmo tendo apenas 4 anos já mostra traços de sua fé. “Hoje Jesus me abençoou. Eu segurei o prato e Jesus molhou minha cabecinha. Na escola eu sempre falo para a tia Mari (a professora Mariana Queiroz) que Jesus morreu na cruz”, contou Sarah, emocionando a todos. A menina fez ainda questão de completar sua fala chamando a jornalista de volta quando ela se afastava: “Eu tenho outra coisa pra te falar: Eu peço para Jesus que abençoe o meu coração”.
Não à toa, para Maria Michelle Costa ser a mãe de Sarah é um presente. “É tudo, tudo, tudo”, tentou resumir. “Nós estávamos retardando o batismo dela por conta de algumas burocracias. Quando apareceu essa oportunidade, com a facilidade de ter menos regras, eu fiquei muito feliz. Eu sou católica também, fui batizada, fiz Primeira Comunhão, então fiquei satisfeita. Estou com o coração grato pelo fato de a escola estar proporcionando isso para nós e para as crianças”, completou.
Momento em que a pequena Sara recebia a sagrada aguinha e seus familiares.
Não à toa, para Maria Michelle Costa ser a mãe de Sarah é um presente. “É tudo, tudo, tudo”, tentou resumir. “Nós estávamos retardando o batismo dela por conta de algumas burocracias. Quando apareceu essa oportunidade, com a facilidade de ter menos regras, eu fiquei muito feliz. Eu sou católica também, fui batizada, fiz Primeira Comunhão, então fiquei satisfeita. Estou com o coração grato pelo fato de a escola estar proporcionando isso para nós e para as crianças”, completou.
Sarah se mostrou muito ansiosa para que esse dia chegasse logo. “A primeira coisa que ela falou aqui hoje foi: 'Mãe, cadê Jesus? Eu não estou vendo ele...’ Ela está a semana toda falando que vai receber a aguinha na cabeça. Nós sempre a incentivamos, mas depois que ela veio para a Escola La Salle está falando mais de Jesus, ela quer sempre saber de todos os detalhes”, acrescentou Michelle.
A tão sagrada aguinha na cabeça, de que fala Sarah, foi também recebida pela pequena Maria Lua com apenas 9 meses. No mesmo momento em que nascia a cristã Maria Lua, Monique Oliveira ganhava uma importante missão, se tornando a madrinha da menina: “Isso é amor acima de tudo. Além de ser tia, ser madrinha... É uma grande honra”. Marcelo Xavier, por sua vez, ganhava o título de padrinho e fez questão de deixar claro o que deseja para a bebê: “Como padrinhos queremos passar só o bem e coisas boas”.
Diretor da Escola La Salle, o Irmão Jardelino Menegat sabe bem a importância da figura dos padrinhos e a citou durante a cerimônia: “Quem é padrinho não o é somente hoje. Ele é quem apoia a formação dessa criança, apoia os pais. Então lembrem-se que essa é uma responsabilidade que vai se perpetuar por muitos anos. Que ela não se limite ao dia de hoje, embora ele seja festivo”. O Irmão deixou ainda a sua mensagem de gratidão e felicidade. “Está parecendo uma catedral a nossa Galeria aqui do Unilasalle, um local de exposição, transformado em local de oração. E que bom que vocês vieram, por quererem que os filhos de vocês tenham princípios, valores, que possam levá-los para a vida”, celebrou, “Quero felicitá-los por terem escolhido participar dessa cerimônia de batismo, além de agradecer a organização do setor pastoral da Ação Comunitária e todas as pessoas envolvidas”.
Preparação para o grande momento
O batismo comunitário é concretizado a partir dos esforços da Escola La Salle somados aos do Setor de Ação Comunitária do Unilasalle, que pela primeira vez ficou à frente da preparação dos padrinhos. Antonio Lucena e Lara Bernardo abraçaram essa atividade. “Eu gostaria de viver isso todo final de semana porque o batismo é a expressão da Igreja missionária, que vai ao encontro do outro. E o que faz tudo isso ficar mais bonito é que na Escola La Salle a Igreja vai ao encontro das crianças. Geralmente as pessoas procuram a Igreja para batizar uma criança e na escola é diferente. São tantas famílias que não têm acesso a algo tão importante, a porta de entrada para todos os outros sacramentos”, expressou Antonio, com alegria.
A Escola oferece essa oportunidade há cerca de 10 anos, por conta de uma percepção da secretária Elane Martins. Responsável pelas matrículas, ela percebeu em 2009 que muitas crianças não tinham mais a certidão de nascimento e outras tantas não eram batizadas. Muitas vezes os pais demonstravam vontade de batizar, mas não podiam por não serem casados ou pela falta de sacramentos dos padrinhos. Foi quando Elane acionou tanto a Fundação Leão XIII quanto o padre Antônio Sobrinho.
O projeto deu certo e o batizado persiste até hoje. Com a chegada da pandemia, no entanto, as cerimônias ficaram suspensas. Este ano, em um período de diminuição do número de contágios, a tradição retornou. Maviane Lima, coordenadora da Escola La Salle, destacou a relevância dessa volta: “Poder realizar o batismo é uma honra, uma alegria indescritível por estarmos oportunizando a essas famílias e aos pequenos este sacramento, ainda mais porque o número de batizados foi bem maior do que o esperado. Entre eles estavam sobrinhos, filhos e netos de alguns funcionários do Unilasalle”.
Para fazer nascer novamente tantas vidas a partir do batismo foi necessário muito trabalho em equipe. E, por isso, Maviane deixa um recado: “É com o coração repleto de amor que nós da Escola La Salle agradecemos a todos que nos ajudaram na realização do Batismo dos nossos pequenos, em especial ao Padre Antônio e ao Setor de Ação Comunitária do Unilasalle-RJ, que atuaram não só nos bastidores do grande dia como também na preparação dos pais e padrinhos, com o curso de batismo”.
Por Mariana Monteiro / Colaboração e revisão: Luiza Gould
Fotos de Adriana Torres
Ascom Unilasalle-RJ