A Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul realizou uma ação com mais de 300 alunos do Colégio La Salle Santo Antônio, do 6°, 7°, 9° ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª Série do Ensino Médio, alusiva ao Dia Mundial da Atividade Física, nesta sexta-feira (6/4). Durante a manhã, o educador físico Márcio Nóbrega, representando a SOCERGS, conversou com os alunos sobre os benefícios e a importância de “não ficar parado”.
Na ocasião, um questionário sobre os hábitos das crianças e adolescentes foi respondido individualmente, pelos estudantes antonianos. Para eles, o futebol, a caminhada, a natação, o vôlei e as artes marciais são as atividades mais praticadas.
Na pesquisa foi possível observar que:
8,4 % dos alunos não realiza atividade física em nenhum dia da semana;
41% entre uma e duas vezes na semana;
21,9% entre três e quatro vezes na semana;
12,9% entre cinco e seis vezes na semana;
15% todos os dias.
“A iniciação esportiva, prática adotada na maioria das escolas, permite que os alunos experimentem diferentes modalidades e criem identificações pessoais. Isto faz com que as crianças mantenham o hábito de praticar esportes e tenham as suas preferências para a vida adulta. O sedentarismo, desde a infância, predispõe uma série de doenças crônicas que serão levadas para a vida toda”, comenta Daniel Silveira, presidente da SOCERGS.
A conscientização de crianças e adolescentes é uma das apostas dos profissionais da área da saúde, para evitar uma séria tendência a doenças crônico-degenerativas cada vez mais precoces, como obesidade, diabetes, hipertensão e tantas outras manifestações de cardiopatias.
Geração tecnologia
Considerado o mal do século, o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para doenças do coração, pois atinge órgãos vitais e impacta diretamente na qualidade de vida. A tecnologia facilita o dia a dia, mas priva de tarefas físicas imprescindíveis para manutenção da saúde orgânico-metabólica do ser humano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda ao menos 60 minutos diários, não necessariamente contínuos, de atividade física de intensidade moderada à vigorosa dos 5 aos 17 anos de idade. Brincar de pega-pega, pular amarelinha, pedalar, jogar bola, nadar e pular corda são algumas das alternativas para as quais as crianças podem ser direcionadas, de acordo com suas preferências.
“Nesta perspectiva, para uma população mais saudável, produtiva e livre de doenças, além do analfabetismo motor, devemos, como educadores e agentes de saúde, orientar e instruir crianças e jovens a combater o sedentarismo e o analfabetismo metabólico, propiciando atividades físicas, instruindo alimentação mais equilibrada e oportunizando a descoberta do mundo mágico dos esportes”, comenta Márcio Nóbrega.