Os sentimentos de gratidão e realização profissional talvez sejam as sensações mais aconchegantes e desejáveis que uma pessoa pode ter. Aos 32 anos, a Lassalista Sheila Covatti já se sente assim e tem convicção de que suas escolhas foram completamente assertivas até agora! Embora Psiquiatria tenha sido seu primeiro desejo profissional, ainda no Ensino Médio ela se deu conta de que “não era sua praia”. “Com o tempo concluí que não sobreviveria à faculdade de medicina. Até chegar em psiquiatria, eu, certamente, teria que fazer atendimentos que não me agradariam: ver sangue e pessoas machucadas não é a minha praia. Então, comecei a ‘namorar’ a Psicologia. E acho que super acertei”.

Formada pela Faculdade Assis Gurgacz, em Cascavel; Especialista em Terapia Cognitivo-comportamental pelo Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva, e cursando Especialização em Terapia de Esquemas, em Florianópolis, Sheila se divide entre os pacientes da clínica na qual é sócia e já atua há cinco anos, e os estudos de casos do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, onde atua como Psicóloga da Vara da Infância e da Juventude, há seis anos. “Eu gostava da Psicologia Jurídica na época da faculdade, até fiz estágio nessa área no terceiro ano. E, por coincidência, no ano em que me formei teve concurso para o Tribunal de Justiça. Trabalhei ainda no Ciscopar e na Prefeitura, ambos por concurso também, e em 2012 fui chamada no concurso do TJ”, explica.

Sheila ingressou no Colégio La Salle Toledo aos 5 anos de idade, no Pré da “Tia Rossana”, e permaneceu até o 3º ano do Ensino Médio, quando saiu aos 17 anos! “Tenho muitas lembranças do La Salle, mas as mais fortes acredito que sejam dos amigos especiais que tenho até hoje e as histórias que envolvem cada um deles. Sem dúvida, são os melhores presentes que o Colégio me deu. Mesmo correndo o risco de deixar alguém importante sem homenagem, acredito que os três nomes a seguir representam muito bem todos os funcionários e professores com quem convivi: Tio Guido, Eliane e Tia Chica. Ah, os festivais de dança também foram inesquecíveis... Saudade que não cabe no peito!” relembra ela.

Ela acrescenta que o relacionamento com os professores sempre foi muito positivo, preservando as características de cada um, quanto a rigidez e proximidade, acolhimento e carinho, e que cada contato trazia um ensinamento ou algo que entenderiam mais tarde. “Aplico vários ensinamentos, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Um deles, e talvez o mais importante, é que devemos respeito a todas as pessoas independente de qualquer condição”. Ela citou, ainda, dois professores e duas frases que fazem parte do seu dia-a-dia: “Professor Sioney sempre disse que veríamos e usaríamos as leis da física na vida independente da profissão que tivéssemos; e o professor Osni, que tem coisas que complicam pela simplicidade...na matemática e na vida!”, risos.

A psicóloga afirma que a formação integral é fundamental para que os estudantes sejam bem-sucedidos, pois a partir dela eles são capazes de ser independentes para sempre seguir adiante, empáticos para manter o bom relacionamento com as pessoas e persistentes para não desistirem diante dos obstáculos que são inúmeros durante a caminhada profissional. E ela acredita que por mais exigente que seja o mercado de trabalho, sempre há espaço para bons profissionais. “E para isso é importante que sempre estejamos atualizados e dedicados à excelência do nosso trabalho. Isso fica mais fácil quando fazemos o que gostamos”, comenta Sheila. No entanto, ela frisa o fato de que nem sempre a primeira escolha é a que nos deixará satisfeitos e isso não deve ser encarado como um problema. “Atualmente temos uma infinidade de possibilidades de trabalho e acredito que seja válido experimentar coisas novas até encontrar algo com que a pessoa se identifique. Até porque, conhecimento não se perde e nunca é demais!”, acrescenta.

Sheila finaliza dizendo-se grata. “Sou muito feliz por ter tido a oportunidade de estudar todos esses anos no La Salle. Diante de todas as lembranças, o sentimento que prevalece é a gratidão, com certeza, e a saudade dos bons momentos neste colégio”.