20/11/2019

Institucional

O que mudou no jeito de alfabetizar as crianças?

O que mudou no jeito de alfabetizar as crianças?

Brincar pode ser um jeito de descobrir e ler o mundo, compreender suas possibilidades e desafios. As crianças desejam ser desafiadas e por isso, no Colégio La Salle, elas são alfabetizadas brincando.

O “Projeto Alfabetizando Brincando” envolve estratégias por meio de jogos, brincadeiras, oficinas, contato e experimentos com o mundo. O resultado deste trabalho é relatado pelas professoras Clari, Marizete e Rossana.

A professora Clari Lenhardt conta como a mudança tem qualificado o processo de alfabetização. “Lançamos desafios às crianças e isso instiga o desejo de saber mais. Elas se inserem neste mundo letrado, através das histórias que lemos, na leitura das imagens, dos rótulos, ampliando sua curiosidade e desejando saber o que mais podem ler”.

A professora Rossana Portes complementa. “Brincando, eles descobrem as letras, os encontros vocálicos e, neste brincar, vão perceber que estes sons formam as palavras, não é mais só a repetição – ela acontece porque tem sua função, mas a prioridade é o brincar. O que era mecânico, agora é mais fácil e divertido. Sem perceber a criança já está lendo e dominando a lógica matemática”.

Este jeito desafia o professor a cada dia. “A cada planejamento somos desafiadas a buscar um jeito diferente e mais divertido de ensinar”, conta a professora Marizete de Bona.


Principais mudanças

A professora Clari destaca as diferenças fundamentais dos métodos. “Antigamente, só trabalhávamos os sons das letras e sílabas, tudo era isolado – pouco era contextualizado, hoje, nós partimos do mundo da criança. Isso favorece a criança para compreender, fazer e auxilar seus amigos, gerando um conhecimento diferenciado porque entende de onde vem as coisas e para que elas servem”.

A professora Rossana complementa. “O novo método e o tradicional têm aspectos que dialogam, mas quem já alfabetizou no método tradicional e, hoje trabalha com esta metodologia, não volta mais”.


Resultados

Os resultados são mais significativos. “Estes estímulos têm facilitado e agilizado o processo de alfabetização. Em final de maio, muitos já estavam lendo. No início de outubro, já estavam lendo frases, pequenos textos, lendo gibis, no método tradicional eles estariam, nesta época, formando pequenas palavras”, avalia Rossana.

A professora Marizete avalisa a colega. “A diferença de um aluno que ascende para o segundo ano hoje, para no passado é a felicidade da professora do segundo ano (A frase está confusa) – (risos). Eles estão muito mais desenvolvidos, a transição é suave, o conhecimento acontece sem pressão”.

A professora Marizete complementa. “Eles estão muito mais desenvolvidos, a transição é suave, o conhecimento acontece sem pressão”.


Outras competências

As professoras são unânimes ao dizer que as crianças desenvolvem habilidades e competências além do ler e escrever. “Elas compreendem o que estão escrevendo, a maioria delas, consegue aferir (As crianças conseguem aferir? Está confusa a frase) o que aprende (falta um conector) diferente de antes, porque vivencia mais o que está aprendendo, ela protagoniza o que aprende”, detalha Rossana.

As professoras são unânimes ao dizer que as crianças desenvolvem habilidades e competências além do ler e escrever. “Elas compreendem o que estão escrevendo, pois vivenciam e protagonizam o que aprendem”.

Marizete concorda com a colega. “A metodologia aguça o aluno a ir mais longe que ler e escrever. Eles observam, perguntam e fazem mais. Eles não têm medo de errar. Eles gostam de experimentar, testar... Antes o aluno só recebia do professor”.


Todos aprendem

O professor também aprende e não só nos espaços de formação continuada oferecidos pelo Colégio La Salle, mas também, na sala de aula com os pequenos.

“Elas aprendem uma com as outras e nós professores, também aprendemos com elas, com o mundo delas. A criança sai do primeiro ano com uma bagagem superior. Sou uma professora realizada”, Clari.

“Nós aprendemos com eles! Queremos que o nosso aluno aprenda e quando isso acontece, eu nem acredito que eu pude ajudá-lo, de forma muito mais intensa. Eu me realizo! É o que eu amo fazer, não saberia fazer outra coisa!”, Rossana Portes.

“A metodologia me mostrou que eu posso mais, posso ir além. E o gratificante é a memória que fica. É muito mais significativa porque trabalhamos com a emoção das crianças. Eu sou uma educadora feliz, muito feliz”, Marizete de Bona.

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