07/05/2013

Institucional

Reforço Escolar

Reforço Escolar

Recordo de minha infância, aos 13 anos de idade, meu primeiro contato com a calculadora, aos 18 o primeiro contato com o computador e aos 23 com o celular. Saudosismo? Definitivamente não! Apenas a constatação de mudança de paradigmas. Novas formas de compreender o mundo, a realidade, a comunicação e, sobretudo, para nós educandos e educadores, a busca pela informação. 

É nesta nova realidade que estamos inseridos e neste contexto, de constantes e profundas mudanças, é que a educação precisa constantemente se adequar. 
Tabuada, contas de divisão e multiplicação, sem o auxilio da calculadora, escrita correta, coerente, e de forma clara e objetiva e, sim, manuscrita, além de uma leitura fluente e interpretativa, não podem, sob hipótese alguma, ser deixado de lado, por se tratar de algo básico à qualquer atividade profissional e desafios corriqueiros. Estes tipos de atividade tornam-se demasiadamente complicadas, para muitos de nossos alunos que ingressam em nossa instituição.

Em sua pedagogia São João Batista de La Salle nos aponta o caminho, para a atual conjuntura da educação. Conhecer o aluno, percebendo suas carências, e atender a necessidade, advinda sobretudo de um estudo com pouco empenho ou com um método ineficaz, e uma acomodação em detrimento da tecnologia (calculadora, Google, Wikipédia...), que dispensa o raciocínio e vicia à acomodação.

Nas exposições em sala de aula aparecem as dificuldades que barram a sequencia normal do processo “ensino-aprendizagem”, pela não compreensão de algo que poderíamos chamar de base das habilidades sapienciais. Habilidades estas, que por pré-supostos, já deveriam ter sido superadas há algum tempo. 
Não saber, é o menor dos problemas, o desinteresse ou desprezo por apreende-los, é que é gravíssimo.

É focado nesta constatação que no dia 04 de março do corrente ano reiniciamos uma das tradicionais atividades, em nossa unidade de ensino: a aula de reforço.
As aulas de reforço tem por objetivo, recuperar o tempo em que saberes básicos deveriam ter sido apreendidos e por vários motivos não foram. Com aproximadamente 50 alunos, divididos e 3 turmas, em um período de 3 horas semanais, os educandos voltam às noções básicas, sobretudo de matemática e português. 

Momento de voltar às bases: tabuada, quatro operações da matemática, redação, leitura e expressão. Conceitos básicos, sim, mas necessário no cotidiano do estudante.
Certamente não é vergonhoso o fato de estar no ensino médio e não estar provido desta base. Vergonhoso é ter a consciência de estar desprovido de conhecimento e não buscar sanar a problemática, que traz por consequência a não compreensão dos demais conteúdos. Participar das aulas de reforço, é um privilégio! Privilégio e orgulho de ter a humildade de reconhecer a pequenez e ter a dignidade de buscar resolver com a honra de um lutador.

Escrito pelo Professor Volnei Lazzari 
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